ERGOFOBIA (MEDO DO TRABALHO): SINTOMAS, CAUSAS - ARTE - 2025

A ergofobia ou fobia do trabalho é um tipo de fobia específica caracterizada pela experimentação e pelo medo irracional do trabalho excessivo ou das atividades laborais. As pessoas que sofrem dessa psicopatologia vivenciam sentimentos de ansiedade muito elevados quando vão para o trabalho e, muitas vezes, o medo que sentem naquele momento os impede de trabalhar.

As consequências desse transtorno geralmente são terríveis para a pessoa, uma vez que ela é totalmente incapaz de ter um desempenho adequado no trabalho. Da mesma forma, em muitos casos, o transtorno acaba causando o abandono total das atividades laborais.

No entanto, hoje a ergofobia é uma patologia conhecida e possui intervenções que podem ser muito úteis para superar o medo do trabalho.

Características da ergofobia

A ergofobia é um tipo específico de fobia, um transtorno de ansiedade que é definido por meio da experiência de um medo fóbico do trabalho.

Suas características são muito semelhantes às de outros tipos de fobia específica, como a fobia de aranhas ou a fobia de sangue. O único elemento que distingue esses transtornos é o elemento temido, que na ergofobia é o trabalho.

Pessoas que sofrem com esta alteração sofrem uma grande limitação no desenvolvimento de seu ambiente de trabalho. Seu medo de realizar atividades de trabalho é tão alto que limita completamente seu desempenho.

A ergofobia é considerada uma psicopatologia muito mais séria e incapacitante do que outros tipos de fobias específicas, devido às qualidades e consequências de evitar o estímulo temido, o trabalho.

Na verdade, a ergofobia também é considerada um transtorno de ansiedade social, no entanto, o medo e a ansiedade só se manifestam nas situações sociais relacionadas ao trabalho.

Medo do trabalho

As principais características que definem o medo fóbico do trabalho relacionado à ergofobia são as seguintes:

Excessivo

No local de trabalho, você pode experimentar sentimentos de medo ou ansiedade em vários graus. No entanto, tendem a ter certa relação com as demandas ou situações específicas com as quais o trabalhador está em contato.

Na ergofobia, a pessoa experimenta o medo do trabalho totalmente excessivo. Isso é muito maior do que você poderia esperar e não pode ser classificado como "normal".

Irracional

O medo da ergofobia é muito alto e excessivo em relação às reais demandas da situação, principalmente por ser irracional.

Ou seja, a pessoa com ergofobia tem um medo que não é congruente. Ela própria é capaz de detectar a irracionalidade de seu medo e tem consciência de que não é preciso temer trabalhar com tanta intensidade.

Incontrolável

Apesar de o indivíduo com ergofobia ter consciência de que seu medo do trabalho é irracional, ele não pode evitá-lo, principalmente porque o medo que experimenta também é incontrolável.

A pessoa é totalmente incapaz de controlar seus sentimentos de medo. Eles aparecem automática e completamente no controle da mente do indivíduo.

Persistente

O medo do trabalho pode aumentar em determinados momentos de tensão, instabilidade ou exigência. No entanto, o medo da ergofobia está permanentemente presente, independentemente dos fatores externos que possam ser detectados no ambiente de trabalho.

O medo da ergofobia não responde a estágios ou momentos específicos, mas sempre aparece invariavelmente.

Leva à evasão

Por fim, para poder falar em ergofobia, o medo do trabalho deve ser tão alto que deve levar a pessoa a evitar o local de trabalho.

O indivíduo com ergofobia fará todos os esforços para evitar a ida ao trabalho, o que em vários casos pode ocasionar o abandono definitivo do emprego.

Sintomas

A sintomatologia da ergofobia é caracterizada por ser principalmente ansiosa. Em outras palavras, o medo excessivo e irracional do trabalho implica a geração de manifestações de alta ansiedade.

Os sintomas de ansiedade aparecem sempre que a pessoa é exposta ao seu elemento temido; quando você vai para o local de trabalho. Uma pessoa com ergofobia é totalmente incapaz de ir para o trabalho sem experimentar sentimentos intensos de ansiedade.

Da mesma forma, manifestações de ansiedade e sentimentos de nervosismo podem aparecer mesmo quando o indivíduo não está no trabalho. O simples fato de pensar no ambiente de trabalho ou de ir trabalhar são elementos que podem ser suficientes para desencadear a resposta ansiosa.

Especificamente, os sintomas de ansiedade do transtorno podem ser divididos em três tipos diferentes: sintomas físicos, sintomas cognitivos e sintomas comportamentais.

Sintomas físicos

As primeiras manifestações que uma pessoa com ergofobia experimenta quando vai para o trabalho dizem respeito a uma série de modificações no funcionamento do seu corpo.

O medo e a tensão de ir para o trabalho aumentam a atividade do sistema nervoso autônomo do cérebro, fato que se traduz em uma série de manifestações físicas.

Uma pessoa com ergofobia pode experimentar qualquer uma das seguintes manifestações quando vai trabalhar:

1. Aumento da frequência cardíaca, taquicardia ou palpitações.
2. Aumento da frequência respiratória ou sensação de sufocação.
3. Aumento da tensão muscular, dor de cabeça ou dor de estômago.
4. Aumento da sudorese corporal.
5. Dilatação pupilar aumentada.
6. Sentindo náuseas, tonturas ou vômitos.
7. Sensação de irrealidade ou desmaio.

Sintomas cognitivos

As manifestações físicas de ansiedade não aparecem isoladamente, mas são expressas de uma forma intimamente relacionada a uma série de pensamentos sobre o trabalho.

Os pensamentos sobre o local de trabalho são sempre muito negativos e angustiantes, fato que motiva um aumento do estado de ansiedade do sujeito.

Os pensamentos catastróficos sobre o trabalho e as capacidades pessoais para lidar com ele, retroalimentam as sensações físicas e geram um loop que aumenta cada vez mais o estado de nervosismo e ansiedade.

Sintomas comportamentais

Por fim, a ergofobia é caracterizada por afetar o comportamento do indivíduo. Geralmente, a alteração costuma gerar dois comportamentos principais: evitação e fuga.

A evitação é o sintoma comportamental mais típico da ergofobia e é definida como uma série de comportamentos que o indivíduo adota para evitar ir ao trabalho.

A fuga é o comportamento que se realiza quando a pessoa com ergofobia está no trabalho e o desconforto e a ansiedade que sente nesses momentos o obrigam a abandonar o trabalho.

Causas

A ergofobia é um distúrbio com uma ampla variedade de causas. Na verdade, a associação de vários fatores é o elemento que dá origem ao surgimento da psicopatologia.

Os fatores que parecem desempenhar um papel mais importante na etiologia da ergofobia são:

1. Experiência de episódios negativos ou traumáticos relacionados ao trabalho.
2. Medo de rejeição
3. Traços de personalidade ansiosos.
4. Fatores genéticos.
5. Transtornos depressivos

Tratamento

O tratamento mais eficaz para a ergofobia é o tipo de psicoterapia conhecido como tratamento cognitivo-comportamental. Nesse tratamento, são fornecidas à pessoa estratégias e ferramentas que permitem que ela se exponha gradativamente aos estímulos temidos.

A própria exposição faz o sujeito se acostumar ao trabalho e aos poucos ele supera seu medo irracional.

Em alguns casos, medicamentos ansiolíticos também podem ser administrados para evitar que a pessoa tenha que deixar o emprego enquanto dura a psicoterapia.

Referências

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