- Biografia
- Nascimento e família
- Educação de Benítez
- Começos no jornalismo
- Nova oportunidade
- Um modelo a seguir
- Primeiro post
- Defensor da verdade
- Novo projeto
- Benítez como diplomata
- Voltar aos suplementos
- Últimos anos e morte
- Prêmios e reconhecimentos
- Estilo
- Tocam
- -Novels
- -Seleções, compilações, antologias e outros
- Breve descrição de algumas de suas obras
- A água envenenada
- Na terra mágica do peiote
- Referências
Fernando Benítez (1912-2000) foi um escritor, historiador, jornalista e editor mexicano. Além disso, ocupou diversos cargos como assessor e assessor do ponto de vista jornalístico e cultural. Também fez parte de diversos meios de comunicação, tanto como escritor, como fundador e diretor.
A obra literária de Benítez estava intimamente relacionada com a história, cultura e antropologia do México. Seus escritos eram claros e precisos, sempre orientados a expor, a partir de pesquisas, temas de interesse social que despertassem a consciência histórica.
Busto de Fernando Benítez. Fonte: Escultor: Sergio Peraza Avila Fotografia por: Coordenação de Educação Digital do El Colegio de México, via Wikimedia Commons
Alguns dos títulos mais proeminentes de Fernando Benítez foram: A Rota da Liberdade, Na Terra Mágica do Peiote, Água Envenenada e O Rei Velho. O escritor mexicano recebeu diversos prêmios e reconhecimentos. Além disso, algumas de suas obras foram traduzidas para outras línguas.
Biografia
Nascimento e família
Fernando Benitez nasceu em 16 de janeiro de 1912, na Cidade do México, durante o apogeu político de Francisco Madero. O escritor veio de uma família de classe média. Sobre sua família, muito pouco se sabe; no entanto, sabe-se que seus familiares lhe proporcionaram acesso a uma boa educação.
Educação de Benítez
Fernando Benítez estudou seus primeiros anos de estudos em instituições de ensino de sua cidade natal. No entanto, sobre seus estudos universitários, os dados também são escassos. No entanto, sabe-se que no início ele se interessou por direito, mas depois decidiu se formar como jornalista.
Começos no jornalismo
Fernando Benítez iniciou sua prática jornalística ainda muito jovem, em 1934. Com apenas 22 anos, começou a trabalhar na Revista de Revistas. Dois anos depois, em 1936 e por mais de uma década, foi repórter, editor e diretor do jornal El Nacional.
Nova oportunidade
Durante a época em que o jornalista era diretor do El Nacional, em meados da década de 1940, ele teve uma conversa com o então prefeito da cidade, Ernesto Uruchurtu, pela qual renunciou. Sem dinheiro, ele foi até seu amigo Luís Manjarrez para ajuda financeira.
Depois dessa reunião, Manjarrez colocou-o em contato com o chefe do jornal Novedades. A partir desse momento, Fernando Benítez abriu as portas à criação e escrita de adições ou suplementos sobre cultura, uma das suas grandes paixões.
Um modelo a seguir
Imerso em seu trabalho jornalístico, em 1949, especificamente em 6 de fevereiro, Benítez divulgou o suplemento cultural México en la Cultura. Foi uma das publicações mais relevantes em seu estilo no país asteca, e também se tornou uma referência e um modelo a ser seguido em toda a América Latina.
Fernando Benítez não se inspirou apenas na sua paixão e gosto pela cultura para o desenvolvimento do trabalho, mas também se aproximou dos suplementos feitos, por exemplo, por José Ortega y Gasset na Espanha. O escritor Alfonso Reyes foi um de seus principais colaboradores.
Primeiro post
Benítez sempre demonstrou interesse pelos acontecimentos históricos do México. A maior parte de suas obras foram orientadas para expor os acontecimentos passados de seu país. Foi o caso de sua primeira publicação, em 1950, La ruta de Cortés, referente às expedições que os espanhóis faziam ao território mexicano.
Defensor da verdade
Fernando Benítez sempre agiu apegado à verdade e objetividade, o que o levou a alguns confrontos. Em 1961, renunciou a Novedades, devido a desentendimentos com seu diretor sobre a forma como conduzia os acontecimentos políticos e sociais, nacionais e internacionais.
Na opinião do jornalista, a direção do jornal não deu a importância que merecia a vários acontecimentos importantes, como os acontecimentos revolucionários em Cuba. Assim, dada sua posição firme em defesa do bom jornalismo, ele se retirou. Muitos de seus colaboradores fizeram o mesmo, como um ato de apoio a ele.
Novo projeto
Em 1962 Benítez juntou-se à equipa da revista Siempre, onde mais tarde a direcção lhe confiou a criação de um suplemento cultural. Assim nasceu La Cultura do México. Por sua vez, ele atuou como diretor. Em suas páginas foram expostas as cartas de grandes intelectuais da época.
Cidade do México, local de nascimento de Benítez. Fonte: Microstar, via Wikimedia Commons
Ele combinou sua profissão de jornalista com a de escritor. Em 1968 escreveu uma das obras mais importantes de sua carreira: Los indios de México, que era uma mistura de literatura com jornalismo e antropologia. Em 1972 deu a direção do suplemento ao colega Carlos Monsiváis.
Benítez como diplomata
A extensa formação cultural, histórica e antropológica de Fernando Benítez o levou a fazer parte da diplomacia mexicana. Por vinte anos, entre 1947 e 1967, atuou como consultor da UNESCO em questões jornalísticas. Ele foi um embaixador cultural na República Dominicana e na China.
Voltar aos suplementos
A vida de Benítez girou quase inteiramente em torno de suplementos culturais. Assim, em 1977, volta a eles com a criação de Sábado, na impressão Uno Más Uno. Nove anos depois se aposenta, e em 1987 publica o primeiro número de seu projeto pessoal: La Jornada Semanal.
Últimos anos e morte
Fernando Benítez, durante os últimos vinte anos de sua vida, manteve-se dedicado ao jornalismo e à escrita. Algumas de suas obras mais marcantes da época foram: O livro dos desastres, História da Cidade do México, Os índios do México: antologia e A cidade que perdemos.
O trabalho profissional de Benítez tornou-o digno de vários prêmios. Naqueles anos recebeu o Prêmio Nacional de Antropologia e o Prêmio Nacional de Jornalismo, entre outros. Ele morreu em 21 de fevereiro de 2000, na Cidade do México, devido a uma deficiência respiratória.
Prêmios e reconhecimentos
- Prêmio Mazatlán de Literatura em 1969, por sua obra antropológica Los indios de México.
- Prêmio Nacional de Lingüística e Literatura em 1978.
- Prêmio Nacional de Antropologia em 1980.
- Prêmio Nacional de Jornalismo em 1986, por seu trabalho de divulgação da cultura mexicana.
- Prêmio Aztlán em 1989.
- Prêmio Universidade Nacional de Ensino de Letras em 1989.
- Medalha de Mérito Cidadão em 1992.
- Doutor Honoris Causa pela Universidade de Guadalajara em 1992.
- Medalha de Ouro em 1993, pelo Estado do México, por seu destacado trabalho cultural.
- Ordem do Mérito de Duarte, Sánchez e Mella em 1994.
- Medalha Gonzalo Aguirre em 1997.
Estilo
O estilo literário de Fernando Benítez caracterizou-se pelo uso de uma linguagem com nuances jornalísticas, onde prevaleceu a clareza, a precisão e a objetividade. Além disso, o escritor se dedicou a fazer pesquisas documentais e de campo, para fortalecer e dar maior credibilidade ao seu trabalho.
O jornalista concentrou seu interesse em temas relacionados à história, cultura e antropologia do México. Assim, ele escreveu sobre os costumes e tradições dos povos indígenas, os acontecimentos políticos contemporâneos de sua época e sobre o processo de conquista do México, entre outros.
Tocam
-Novels
-Seleções, compilações, antologias e outros
- Gênio e figura (1982).
- História da Cidade do México (1983).
- Os índios do México, antologia (1989).
- A cidade que perdemos: escritos juvenis 1934-1938 (2000).
- Fernando Benítez ontem e hoje, antologia de textos (2000).
Breve descrição de algumas de suas obras
A água envenenada
Esta obra foi o segundo dos dois romances escritos por Benítez. A trama que o escritor desenvolveu relacionava-se a um fato histórico, o da autoridade exercida pelos chefes na época pré-hispânica no México.
No romance, a jornalista narra os acontecimentos vividos pela população de Tajimaroa em defesa de seus direitos, e como a violência os levou à miséria e à destruição. A pena jornalística de Benítez fez desta obra uma das mais interessantes e testemunhais dos anos sessenta.
Na terra mágica do peiote
Foi uma das principais obras antropológicas de Fernando Benítez. Foi baseado nos povos indígenas Huichol ou Wixáricas de Nayarit, no México, e sua procissão nos tempos antigos pelo deserto, que possuía certas características mágicas em relação à caça.
Planta de peiote em flor, centro do livro Na terra mágica do peiote. Fonte: Renegatus em en.wikipedia, via Wikimedia Commons
O desenvolvimento do livro deu-se por meio de diversas pesquisas do autor e de sua participação na peregrinação que os indígenas realizavam a cada ano. O nome da obra estava relacionado à planta do peiote, usada pelos huichols para alcançar a espiritualidade.
Referências
- Fernando Benitez. (2018). Espanha: Wikipedia. Recuperado de: es.wikipedia.org.
- Fernando Benitez. (2018). México: Enciclopédia de Literatura no México. Recuperado de: elem.mx.
- Fernando Benitez. (S. f.). Cuba: Ecu Red. Recuperado de: ecured.cu.
- Moreno, V., De la Oliva, C. e outros. (2019). Fernando Benitez. (N / a): Pesquisar biografias. Recuperado de: Buscabiografias.com.
- Murillo, A. (2018). Fernando Benítez: “O único governo democrático que existe no México é o dos índios e não consta da Constituição”. (N / a): Ruíz Healy Times. Recuperado de: ruizhealytimes.com.