- Biografia
- Problema visual
- Vida laboral
- Estudo de tempo
- Organização Científica do Trabalho
- Aposentadoria e agradecimentos
- Morte
- Teoria da gestão científica
- Principais defeitos dos sistemas
- Princípios da administração científica do trabalho
- Organização Científica do Trabalho
- Escolha do trabalhador e treinamento
- Cooperação
- Três ações concretas
- Divisão de trabalho entre gerentes e operadores
- Principais contribuições
- Taylor foi o primeiro a propor uma abordagem científica para o trabalho
- Levantou a necessidade de planejar o trabalho
- Estabeleceu a necessidade de monitorar o trabalho para confirmar se foi feito corretamente
- Introduziu a ideia de selecionar pessoal
- Promoveu a especialização dos trabalhadores
- Deu maior prestígio ao papel dos administradores
- Contribuiu para o crescimento e desenvolvimento das faculdades de gestão
- Ele foi o primeiro a destacar o papel do trabalhador
- Ele queria conciliar o papel dos gerentes com o dos trabalhadores
- Suas ideias iam além da área de negócios
- Referências
Frederick Taylor (1856-1915) foi um engenheiro e inventor americano, considerado o pai da administração científica, e cujas contribuições foram fundamentais para o desenvolvimento da indústria no início do século XX.
Sua obra mais importante, The Principles of Scientific Management, foi publicada em 1911 e, apesar das mudanças sociais e tecnológicas ocorridas desde então, muitas de suas ideias ainda são válidas ou serviram de base para o desenvolvimento de novas contribuições.
Biografia
Frederick Winslow Taylor nasceu em 20 de março de 1856 na Pensilvânia, na cidade de Germantown. Sua família gozava de boa situação econômica, o que foi positivo para sua educação, já que pôde cursar a universidade.
Problema visual
Taylor começou a estudar direito na Phillips Exeter Academy, localizada em New Hampshire. Mais tarde, ele passou no exame para entrar em Harvard; No entanto, ele teve que abandonar seu treinamento devido a uma doença grave que afetou sua visão.
Diz-se que ele começou a sofrer desse problema de visão quando era adolescente. Nesta fase da vida também apresentou um corpo de fraca composição; Isso o influenciou a não poder participar das atividades esportivas das quais seus colegas faziam.
A partir dessa característica que, de alguma forma, o incapacitou, Taylor passou a refletir sobre as opções que poderiam existir para melhorar a resposta física dos atletas por meio do aprimoramento dos instrumentos e ferramentas por eles utilizados.
Essas primeiras concepções formaram a base sobre a qual ele posteriormente sustentou todo o seu pensamento, vinculado à localização de estratégias pelas quais foi possível aumentar a produção da forma mais eficiente possível.
Vida laboral
Em 1875, Frederick Taylor teve uma visão já recuperada. Naquela época, ele ingressou em uma empresa de aço industrial localizada na Filadélfia, onde trabalhou como operário.
Três anos depois, em 1878, ele trabalhou na Midvale Steel Company em Utah, Estados Unidos. Muito rapidamente, ele ascendeu na empresa, trabalhando como maquinista, líder de grupo, capataz, capataz e diretor de escritório de desenho, até se tornar engenheiro-chefe.
Estudo de tempo
Em 1881, quando Frederick Taylor tinha 25 anos, ele começou a apresentar o conceito de estudo do tempo à Midvale Steel Company.
Frederick foi caracterizado desde jovem por ser extremamente observador e meticuloso. Na siderúrgica observou com muita atenção e detalhes como trabalhavam os encarregados do corte dos materiais metálicos.
Ele se concentrou muito em prestar atenção em como eles executavam cada etapa desse processo. Como consequência dessa observação, ele concebeu a noção de decompor o trabalho em etapas simples para melhor analisá-lo.
Além disso, era importante para Taylor que essas etapas tivessem um tempo de execução específico e rígido, e que os trabalhadores cumprissem esses tempos.
Em 1883, Taylor obteve o título de engenheiro mecânico do Stevens Institute of Technology, formação que fez à noite, visto que nessa altura já trabalhava na siderúrgica.
Foi naquele ano que ele se tornou engenheiro-chefe da Midvale Steel Company e, nessa época, projetou e construiu uma nova oficina mecânica para aumentar a produtividade com eficiência.
Organização Científica do Trabalho
Muito em breve, as noções de Frederick Taylor baseadas na observação atenta levaram ao nascimento de uma nova concepção de trabalho, que mais tarde ficou conhecida como a organização científica do trabalho.
Como parte dessa busca, Taylor deixou o emprego em Midvale e ingressou na Manufacturing Investment Company, onde trabalhou por 3 anos e onde desenvolveu uma abordagem de engenharia mais voltada para consultoria de gestão.
Essa nova visão abriu muitas portas de emprego e Taylor fez parte de vários empreendimentos comerciais. A última empresa para a qual trabalhou foi a Bethlehem Steel Corporation, onde continuou a desenvolver novos processos de otimização, neste caso relacionados ao manuseio de ferro fundido e à ação de escavação.
Aposentadoria e agradecimentos
Aos 45 anos, Taylor decidiu retirar-se do local de trabalho, mas continuou a dar palestras e conferências em várias faculdades e universidades, com o intuito de promover os princípios da gestão científica do trabalho.
Taylor e sua esposa adotaram três filhos e, durante a década de 1904 a 1914, todos viveram na Filadélfia.
Taylor recebeu muitos elogios ao longo de sua vida. Em 1906, a American Society of Mechanical Engineers (ASME) nomeou-o presidente; nesse mesmo ano recebeu a nomeação de doutor honoris causa no campo das ciências pela University of Pennsylvania.
Uma de suas participações mais emblemáticas ocorreu em 1912, quando foi apresentado a uma comissão especial do Congresso dos Estados Unidos da América, com o intuito de expor as características do sistema de gestão de máquinas por ele criado.
Morte
Frederick Taylor morreu em 21 de março de 1915 na Filadélfia aos 59 anos. Até o dia de sua morte, ele continuou a divulgar seu sistema de organização científica do trabalho em vários ambientes acadêmicos e profissionais.
Teoria da gestão científica
A teoria da administração científica de Frederick Taylor é baseada especificamente na geração de um sistema por meio do qual tanto o empregador quanto o empregado podem ter a possibilidade de receber o maior benefício e prosperidade possível.
Para isso, a administração deve garantir que seus funcionários recebam treinamento constante e de qualidade, para que estejam cada vez melhores no trabalho, o que resulta em um melhor resultado na produção.
Além disso, parte dos argumentos de Taylor concentrava-se no fato de que as competências de cada funcionário devem ser ajustadas à atividade para a qual foi contratado, e o treinamento contínuo permitirá que essas competências sejam cada vez melhores.
Na época em que Taylor viveu, a concepção mais comum era que os objetivos dos empregados e empregadores não podiam coincidir. No entanto, Taylor afirma que não, pois é possível direcionar os dois grupos para o mesmo objetivo, que é uma produtividade alta e eficiente.
Principais defeitos dos sistemas
Taylor expressou que havia erros generalizados nas indústrias de sua época e que deveriam ser corrigidos imediatamente para gerar uma produtividade melhor e mais eficiente. Estes foram:
-A administração teve um desempenho considerado deficiente. Por meio de sua má gestão, incentivou a paralisação dos funcionários, o que gerou um déficit no nível de produção.
-Muitos métodos utilizados nos processos eram muito defeituosos e inúteis, e apenas promoviam o esgotamento do trabalhador, que acabava desperdiçando o esforço despendido.
-A direção não conhecia os próprios processos da empresa. A administração não tinha ideia de quais atividades específicas eram realizadas, ou quanto tempo levava para realizá-las.
-Os métodos de trabalho não eram uniformes, o que tornava todo o processo muito ineficiente.
Princípios da administração científica do trabalho
Como Taylor explicou, a noção de gestão científica do trabalho é caracterizada por ser baseada em quatro princípios fundamentais. A seguir, descreveremos as características mais relevantes de cada um deles:
Organização Científica do Trabalho
Este conceito está diretamente ligado à ação de quem executa tarefas administrativas. São eles que devem mudar os métodos ineficazes e garantir que os trabalhadores cumpram os prazos estipulados para a realização de cada atividade.
Para realizar uma gestão adequada e com aquele carácter científico que Taylor apresenta, é necessário considerar quais são os tempos associados a cada actividade, quais os atrasos, porque são gerados e que movimentos específicos os trabalhadores devem realizar para cumprir correctamente cada um deles. dever de casa.
Além disso, também é necessário saber quais operações são realizadas, as ferramentas que são fundamentais para a execução das tarefas e quem são os responsáveis por cada um dos processos associados à produção.
Escolha do trabalhador e treinamento
Frederick Taylor enfatizou que cada trabalhador deve ser escolhido levando em consideração suas habilidades específicas.
Desta forma, o trabalho pode ser realizado de forma mais eficiente e bem acabada, e o trabalhador sentirá bem-estar sabendo que é capaz de cumprir a tarefa para a qual foi designado.
Poder fazer uma seleção mais precisa é consequência de refletir de forma metódica e analítica qual é a natureza de cada tarefa e quais os elementos que a compõem.
Por ser capaz de retratar ao máximo as características de um processo, é possível identificar claramente quais são as capacidades necessárias de um operador para realizar a tarefa da melhor maneira possível.
Cooperação
Taylor indica que é essencial que os trabalhadores, que em última instância operam o sistema, busquem o mesmo objetivo dos gestores; um aumento na produção e eficiência.
Para isso, Taylor defende que a remuneração atribuída aos trabalhadores deve estar relacionada à produção. Em outras palavras, propõe que a remuneração seja aumentada com base na quantidade de tarefas realizadas ou itens produzidos; assim, quem gerar mais ganhará mais.
Também indica que essa é uma forma de evitar a simulação de empregos, pois os funcionários buscarão se comportar da forma mais eficiente possível para gerar uma renda maior.
Em sua pesquisa, Taylor observou que se um trabalhador percebesse que ganhava o mesmo, independente de seu nível de produção, não se esforçaria para melhorar seu desempenho; pelo contrário, ele encontraria uma maneira de fazer menos para não fazer esforços em vão.
Três ações concretas
Segundo Taylor, essa cooperação se dá a partir de três ações bem específicas. A primeira delas é que o pagamento a cada operadora é por unidade de trabalho executada. A segunda ação é que um grupo coordenador de operadores deve ser organizado.
Estes coordenadores ou encarregados devem conhecer a fundo as atividades desenvolvidas pelos operadores, para que tenham autoridade moral para lhes ordenar e ao mesmo tempo os possam instruir e ensinar mais sobre o trabalho específico.
Desta forma, a formação constante dos operadores é promovida pelas mesmas pessoas que os coordenam nas suas tarefas regulares.
Da mesma forma, no âmbito do exame meticuloso e meticuloso de cada processo, é necessário que esses encarregados atendam áreas muito específicas da cadeia produtiva, para que possam assumir a coordenação de determinados elementos. No longo prazo, isso levará a um sistema de produção muito mais eficiente.
Divisão de trabalho entre gerentes e operadores
Por fim, para Taylor, é essencial que a carga de trabalho de gerentes e trabalhadores seja igual. Ou seja, pretende-se que haja uma divisão de trabalho justa e coerente, sempre com o objetivo de obter a máxima eficiência em todos os processos.
No caso da administração, esta deve se encarregar de todos os elementos que dizem respeito à análise das situações, à geração de planos que estão ligados ao futuro da empresa, bem como às estratégias a seguir para alcançar maiores benefícios.
Em vez disso, os operadores devem ser responsáveis pelo trabalho manual, o que implica a produção como tal dos elementos associados à empresa. Embora as naturezas das duas tarefas sejam diferentes, ambas são muito relevantes em todo o processo e devem ser assumidas com responsabilidade e comprometimento.
Principais contribuições
Taylor foi o primeiro a propor uma abordagem científica para o trabalho
Sua experiência como operador e gerente de loja permitiu-lhe descobrir que os trabalhadores não eram tão produtivos quanto poderiam e isso prejudicou o desempenho da empresa.
Então ele propôs uma abordagem científica: observar a maneira como eles trabalhavam para descobrir quais ações estavam atrasando mais o trabalho e reorganizar as atividades da forma mais produtiva.
Por exemplo, se em uma fábrica de roupas cada trabalhador é responsável pela fabricação de uma roupa do início ao fim, muito tempo seria perdido na troca de tarefas e ferramentas.
Por outro lado, se as atividades forem organizadas de forma que um trabalhador corte todas as peças e outro as costure, é possível reduzir o tempo de fabricação e aumentar o lucro da empresa.
Levantou a necessidade de planejar o trabalho
Hoje em dia parece óbvio que antes de realizar uma tarefa devemos planejar quais serão os passos para realizá-la. No entanto, nem sempre foi assim.
Taylor foi o primeiro a estimar que para criar qualquer produto em menos tempo, era necessário planejar as etapas a seguir e as responsabilidades de todos os participantes desse processo.
Estabeleceu a necessidade de monitorar o trabalho para confirmar se foi feito corretamente
Taylor observou que, nas indústrias, os gerentes muitas vezes não sabiam como seus produtos eram feitos e deixavam todo o processo nas mãos dos funcionários.
Por isso, um dos princípios de sua abordagem científica era que os gestores observassem e aprendessem com todos os processos de sua empresa para planejá-los e controlá-los, certificando-se de que estavam sendo executados da forma mais eficiente.
Introduziu a ideia de selecionar pessoal
Nessas fábricas, era costume que todos os trabalhadores soubessem fazer tudo e não fossem especialistas em nada específico, o que causava muitos erros.
Taylor observou que todos os trabalhadores tinham habilidades diferentes, portanto, era necessário atribuir a eles uma única atividade que eles pudessem realizar muito bem, em vez de muitas tarefas que realizavam medíocres.
Essa prática ainda se mantém e é a razão da existência das áreas de Recursos Humanos nas empresas.
Promoveu a especialização dos trabalhadores
Como já mencionado, um dos princípios da abordagem científica de Taylor era selecionar os funcionários de acordo com suas habilidades para o desempenho de determinada atividade.
Esse fato fez com que tanto funcionários quanto administradores fossem treinados em tarefas específicas para serem atrativas às empresas, prática que se mantém até hoje.
Deu maior prestígio ao papel dos administradores
Antes de Taylor, os gerentes não tinham nenhuma função no desempenho do trabalho e deixavam toda a responsabilidade com os operadores.
Foi graças a ideias como planejamento de atividades, controle do trabalho e seleção de pessoal que as responsabilidades fundamentais que os gerentes desempenham até hoje começaram a se desenvolver.
Contribuiu para o crescimento e desenvolvimento das faculdades de gestão
Naquela época, a gestão empresarial não era considerada uma profissão de prestígio. Porém, com a abordagem científica de Taylor, essa atividade ganhou mais seriedade e passou a ser vista como uma profissão respeitável e valorizada pelas indústrias.
Graças a esse fenômeno, o corpo docente administrativo se multiplicou nos Estados Unidos e depois em todo o mundo, e até uma nova disciplina foi criada: a engenharia industrial.
Ele foi o primeiro a destacar o papel do trabalhador
Na época de Taylor, máquinas e fábricas ainda eram uma invenção recente e eram consideradas as estrelas do trabalho porque tornavam a produção mais fácil e rápida.
Por isso, a ideia de que a produtividade também dependia dos funcionários era uma novidade e era preciso treiná-los, avaliá-los e motivá-los a dar o máximo no trabalho.
Essa abordagem não apenas é verdadeira, mas também a base de disciplinas como psicologia organizacional e gestão de pessoal.
Ele queria conciliar o papel dos gerentes com o dos trabalhadores
Durante suas observações, Taylor observou que os operadores não estavam motivados a fazer o melhor no trabalho porque, segundo ele, não achavam que isso estava a seu favor.
Portanto, uma de suas ideias era que as indústrias fornecessem incentivos aos mais produtivos para mostrar que, quando as empresas eram bem-sucedidas, os funcionários também recebiam benefícios.
Suas ideias iam além da área de negócios
Após a publicação de The Principles of Scientific Management, as idéias de Taylor começaram a ser observadas também de fora da indústria.
Universidades, organizações sociais e até donas de casa começaram a analisar como poderiam aplicar princípios como planejamento, controle e especialização em suas atividades diárias para obter maior eficiência nas mesmas.
Todas as ideias de Taylor foram criticadas e reformuladas por especialistas em diferentes disciplinas ao longo dos mais de cem anos que se passaram desde sua morte.
Critica-se que o interesse pela eficiência deixa de lado o interesse pelo ser humano, que o excesso de especialização dificulta a procura de emprego e que nem todas as empresas podem ser administradas de acordo com as mesmas fórmulas.
No entanto, seu nome continua sendo fundamental porque ele foi o primeiro a fazer as perguntas-chave : Como tornar as empresas mais produtivas, como organizar o trabalho, como aproveitar ao máximo o talento dos funcionários? levá-los a trabalhar com motivação?
Referências
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