- Biografia
- Nascimento e família
- Estudos
- Entre o teatro e a escrita
- Início de sua carreira diplomática
- De volta a colombia
- Continuidade em cargos públicos e diplomacia
- Zalamea e Saint-John Perse
- De volta a colombia
- Fim do
- Viagem ao redor do mundo
- Últimos anos e morte
- Estilo
- Tocam
- Fragmento de
- Prêmios e reconhecimentos
- Referências
Jorge Zalamea (1905-1969) foi um escritor, poeta, jornalista e diplomata colombiano. A carreira literária desse intelectual começou quando ele mal tinha dezesseis anos. Na época, trabalhava como crítico de teatro para o jornal El Espectador.
A obra literária de Zalamea caracterizou-se por ser escrita com uma linguagem culta, precisa e crítica. Nos textos desse autor, a sobriedade era notória, assim como o senso de igualdade e justiça que fazia parte de sua personalidade. Boa parte da obra do escritor era de conteúdo político, social, cultural e histórico.
Jorge Zalamea. Fonte: biografiasyvidas.com
Alguns dos títulos mais marcantes da produção literária de Jorge Zalamea foram: O Rapto das Sabinas, A Pousada de Belém, O grande Burundún-Burundá morreu, O sonho das escadas e A metamorfose de sua excelência. Por outro lado, o escritor foi ministro da educação e embaixador.
Biografia
Nascimento e família
Jorge Zalamea Borda nasceu em 8 de março de 1905 em Bogotá, Colômbia. Ele vinha de uma família culta e de alto nível socioeconômico. Sabe-se que seu pai era Benito Zalamea, notável contador da empresa de energia.
Estudos
Jorge estudou em instituições de sua cidade natal. Ele foi treinado no Ginásio Moderno e na Escola Militar. Zalamea foi atraído pela literatura quando estudante, então ele frequentou o Café Windsor, onde jovens intelectuais proeminentes se reuniam. Lá ele conheceu León de Greiff.
Mais tarde ele entrou na Escola de Agronomia e depois de um tempo aposentou-se. O talento de escrever de Zalamea lhe abriu as portas do jornal El Espectador quando tinha apenas dezesseis anos. Lá ele começou a escrever críticas de teatro e iniciou sua carreira literária.
Entre o teatro e a escrita
O jovem Zalamea permaneceu no início da juventude desenvolvendo trabalho jornalístico em diferentes veículos impressos de sua cidade natal. No início da década de 1920 ingressou no grupo "Los Nuevos", que visava reformar a literatura e a política da Colômbia.
Posteriormente ingressou numa companhia de teatro e percorreu vários países da América actuando entre 1925 e 1927. Nessa altura, Jorge publicou a sua primeira peça, a peça El Regreso de Eva. Naquela época, o intelectual começou a se questionar sobre o vínculo que unia o leitor à poesia.
Início de sua carreira diplomática
Jorge Zalamea iniciou sua carreira diplomática no final dos anos 1920. Então ele foi para a Espanha em 1928 para servir como consultor comercial em nome de seu país. Depois disso, ele foi nomeado vice-cônsul na Inglaterra. O autor esteve na Europa até 1935 e nessa época escreveu De Jorge Zalamea aos jovens colombianos.
De volta a colombia
O diplomata voltou ao seu país depois de viver sete anos na Europa. Foi imediatamente nomeado Ministro da Educação pelo presidente Alfonso López Pumarejo em 1936. Nesse mesmo ano, apresentou O Departamento de Nariño: Esquema para uma Interpretação Sociológica, um ensaio de conteúdo sócio-político.
Depois de passar pelo gabinete de educação, Zalamea ocupou o cargo de Secretário-Geral da Presidência em 1937. Durante o exercício de suas funções políticas, o escritor continuou a desenvolver sua literatura. Nessa época publicou a obra La industria nacional.
Continuidade em cargos públicos e diplomacia
Zalamea manteve por muito tempo cargos políticos e diplomáticos. Foi eleito deputado federal por Cundinamarca em 1941. Esse ano foi um dos mais produtivos como escritor. Ele revelou cinco obras, incluindo: O Rapto das Mulheres Sabinas, O Albergue de Belém e A Maravilhosa Vida dos Livros.
Posteriormente, Jorge foi nomeado embaixador da Colômbia no México em 1943, durante o segundo mandato presidencial de Pumarejo (1942-1945). Algum tempo depois, ele desempenhou a mesma função na Itália.
Zalamea e Saint-John Perse
Durante suas funções diplomáticas no México e na Itália, Zalamea se reuniu novamente com a obra poética do francês Saint-John Perse e iniciou sua tradução. Ele primeiro traduziu Elogios em 1946 e depois Lluvia, nieves, exilio.
Saint-John Perse, um autor que Zalamea admirava e de quem traduziu várias de suas obras. Fonte: Fundação Nobel, via Wikimedia Commons
Nas palavras do escritor colombiano, Perse se tornou uma espécie de "consolo" nos momentos difíceis de sua vida.
De volta a colombia
Jorge Zalamea voltou à Colômbia em 1948. Nesse mesmo ano passou a atuar como diretor da publicação Crítica, cargo que exerceu até 1951. Em 9 de abril de 1948, o líder político liberal Jorge Eliécer Gaitán foi assassinado, o que gerou os distúrbios conhecidos como “ O Bogotazo ”.
O escritor não ficou alheio aos acontecimentos. Desde os microfones da Rádio Nacional, apoiou o povo colombiano para se defender contra as injustiças e atrocidades de governos tirânicos. Alguns de seus oponentes consideravam que o intelectual incitava as pessoas à violência.
Fim do
A revista Critique de Zalamea tornou-se uma pedra no sapato para os políticos da época. Os artigos contundentes fizeram com que o meio de comunicação fosse censurado. Finalmente, depois de lutar por um tempo contra as proibições, a publicação deixou de circular em 14 de outubro de 1951.
Jorge foi para o exílio um ano depois devido às constantes ameaças que recebia. Ele se estabeleceu em Buenos Aires e continuou com seu trabalho literário lá. Naquela época, o escritor publicou El gran Burundún-Burundá morreu, que foi considerada uma de suas obras mais conhecidas.
Viagem ao redor do mundo
Bogotá, cidade natal de Zalamea. Fonte: Felipe Restrepo Acosta, via Wikimedia Commons
O escritor fez uma viagem ao redor do mundo entre 1952 e 1959. Zalamea percorreu o Egito, China, Oriente Médio e Índia. Durante essa viagem, ele começou a desenvolver O Sonho das Escadas, seu poema mais conhecido. Este texto em prosa representou a voz dos menos favorecidos para denunciar a desigualdade e a miséria dos povos.
Últimos anos e morte
Zalamea voltou ao seu país em meados de 1959 e em outubro começou a desenvolver o ciclo literário "Poesía al Aire Libre". Nos últimos anos de vida, o autor dedicou-se a terminar O Sonho das Escadas e publicou-o em 1964. Participou em diversos eventos culturais e literários.
Jorge Zalamea faleceu em 10 de maio de 1969 na cidade onde nasceu, tinha então sessenta e cinco anos.
Estilo
O estilo literário do escritor colombiano Jorge Zalamea caracterizou-se pelo uso de uma linguagem culta, bem elaborada e precisa. Suas obras são críticas, analíticas, profundas e, às vezes, com alto grau de ironia. O autor buscou de todas as formas possíveis se conectar com as necessidades dos leitores, principalmente com sua poesia.
Os temas predominantes nas publicações deste escritor foram justiça, igualdade, luta humana, homem, história, política, cultura e sociedade em geral.
Tocam
Fragmento de
“… Eu só quero agora a palavra viva e ferida que, como uma funda, limpa os seios e, como o aço esticado, sabe como encontrar o caminho do sangue. Só quero o grito que destrói a garganta, deixa o gosto das entranhas no palato e calcina os lábios profirientes. Só quero a linguagem que se usa nas etapas… ”.
Prêmios e reconhecimentos
- Prêmio Casa de las Américas, em 1965, pelo ensaio Poesia Ignorada e Esquecida.
- Prêmio Lenin da Paz em 1968.
Referências
- Jorge Zalamea Borda. (2017). Colômbia: Banrepcultural. Recuperado de: encyclopedia.banrepcultural.org.
- Jorge Zalamea. (2019). Espanha: Wikipedia. Recuperado de: es.wikipedia.org.
- Tamaro, E. (2019). Jorge Zalamea. (N / a): Biografias e vidas. Recuperado de: biografiasyvidas.com.
- Jorge Zalamea. (S. f.). Cuba: EcuRed. Recuperado de: ecured.cu.
- Sánchez, R. (2008). Jorge Zalamea: poesia e paz. Colômbia: Festival Internacional de Poesia de Medellín. Recuperado de: depoesiademedellin.org.