- Características do líder autocrático
- Ele é quem marca tudo dentro da organização
- Centralização
- Obediência
- Dogmatismo
- Assume total responsabilidade pela tomada de decisões
- Dê recompensas ou punições aos seus subordinados
- Ênfase em comando e controle
- Grande conhecimento da organização
- Iniciar ações, dirigir e controlar subordinados
- Sensível aos objetivos organizacionais
- Motivação para poder pessoal
- Vantagens do líder autocrático
- Alto desempenho com o líder presente
- Membros não têm responsabilidades
- Resultados eficazes podem ser alcançados
- É adequado quando os trabalhadores não têm iniciativa ou são imaturos
- Pode ser adequado em situações de emergência
- Simplificação do trabalho
- Desvantagens do líder autocrático
- Descontentamento dos membros
- Falta ao trabalho ou rotatividade de pessoal
- Falta de criatividade e inovação nos membros
- Estresse em subordinados
- Eles não se sentem parte da organização
- Impacto no clima organizacional
- Produtividade baixa
- O sucesso ou o fracasso dependem da eficácia do líder
- Alguns exemplos de líderes autocráticos
- Referências
A liderança autocrática ou liderança autoritária é um tipo em que os líderes organizacionais têm poder absoluto sobre seus trabalhadores ou equipes que lideram. Esse estilo caracteriza o líder que não permite que membros do grupo participem das decisões, de forma que acaba dominando e induzindo respostas submissas dos membros.
Vem do grego auto (si mesmo) e kratos (governo ou poder), portanto, é um sistema de governo onde a vontade de um indivíduo, neste caso o líder, é a lei, já que a autoridade depende apenas dele.
Desta forma, os próprios membros da organização não têm oportunidades (ou estas são muito limitadas) de sugerir coisas, mesmo que sejam para o benefício da própria organização.
O líder autocrático diz aos subordinados o que espera deles, especifica o trabalho a ser feito e as metas a serem alcançadas e orienta especificamente como alcançá-lo.
Um dos autores, Richard Shell, da University of Ohio, argumentou que existem quatro estilos básicos de liderança: autocrático, burocrático, liberal e democrático.
Características do líder autocrático
Na liderança autocrática, encontramos diferentes características, entre as quais destacamos:
Ele é quem marca tudo dentro da organização
Nesse tipo de liderança, o líder é o responsável por estabelecer tudo dentro da organização (estabelecer os objetivos, a forma de proceder, etc.).
Ele não acredita na iniciativa do resto do grupo, então também não a incentiva. Ele considera que é o único competente e que os outros não são capazes de se orientar.
O líder é um vigilante que sabe tudo e está acima de tudo nas iniciativas de outras pessoas.
Centralização
O líder tem toda a autoridade centralizada e confia no poder legítimo para poder aplicar recompensas e poder coercitivo. É orientado para dentro.
O líder centraliza as decisões para ordenar com eficácia as equipes de trabalho e, assim, atingir os objetivos propostos pela organização.
Obediência
Ele espera que todos dentro da organização o obedeçam. Este líder pede aos subordinados que obedeçam e sigam suas decisões.
Dogmatismo
É dogmático. Além disso, é o centro das atenções. Os resultados de algumas pesquisas apontam que eles focalizam o poder sobre si próprios e impõem seu ponto de vista sobre o do grupo.
Assume total responsabilidade pela tomada de decisões
Todas as decisões recaem sobre ele, que decide unilateralmente tudo o que se refere à organização, limitando a participação de todos os subordinados.
Toma todas as decisões da organização com foco no controle e autoridade.
Dê recompensas ou punições aos seus subordinados
Com base no poder legítimo, é ele quem concede recompensas e punições aos subordinados.
A coerção é uma das principais características dessa liderança e se refere ao exercício do poder do líder sobre os subordinados, uma vez que o líder é a autoridade.
Ênfase em comando e controle
Esses tipos de líderes enfatizam o controle. Geralmente são solitários e especializados em certas áreas.
São líderes que fiscalizam todas as atividades realizadas pelo trabalhador, para que cumpram padrões previamente determinados.
Grande conhecimento da organização
Eles tendem a ter muito conhecimento sobre a organização, se preocupam com os concorrentes e se concentram em controlar detalhadamente a organização.
Eles se preocupam com a organização no longo prazo.
Iniciar ações, dirigir e controlar subordinados
O líder autocrático é aquele que dirige os subordinados, pois considera que é o mais competente na hora de dirigir e tomar todas as decisões.
Ele observa seus subordinados para evitar que se desviem das diretrizes que ele propôs.
Sensível aos objetivos organizacionais
Seguindo a liderança organizacional e a tipologia dos líderes de Blake e Mouton, os líderes autocráticos seriam aqueles que não são muito sensíveis às pessoas, mas pelo contrário são muito sensíveis aos objetivos da organização.
Ou seja, eles não são muito orientados para as pessoas, mas altamente orientados para os resultados na organização.
Motivação para poder pessoal
Os líderes autocráticos são caracterizados por buscar prestígio e uma forte motivação para o poder pessoal.
Vantagens do líder autocrático
Alto desempenho com o líder presente
Um dos primeiros estudos sobre liderança foi conduzido por Kurt Lewin, da Universidade de Iowa, e comparou líderes autocráticos com outros mais democráticos. Esse experimento mostrou que os grupos com líderes autocráticos tiveram um alto desempenho quando o líder estava presente.
No entanto, este estudo mostrou que os líderes democráticos também tiveram um bom desempenho e não apresentaram tantas desvantagens.
Aparentemente os resultados obtidos podem ser bons no início das tarefas, mas com o passar do tempo o ambiente acaba ficando tenso e com consequências prejudiciais.
Membros não têm responsabilidades
A principal vantagem de trabalhar com um líder autocrático é que os subordinados sabem que é o líder quem vai tomar as decisões e só têm que obedecer ao que o líder as define.
Eles só têm que te ouvir e fazer o trabalho que lhes foi confiado, para que, diante das possíveis dificuldades, também não tenham que pensar em soluções para resolvê-los.
Resultados eficazes podem ser alcançados
Os prazos estabelecidos para a realização das atividades são cumpridos, dado o controle exercido pelo líder.
As entregas diárias costumam ser cumpridas, pois os trabalhadores priorizam o que o líder exige para atingir as metas propostas e, assim, não sofrer retaliação.
É adequado quando os trabalhadores não têm iniciativa ou são imaturos
Os líderes autocráticos podem ser importantes em certas organizações, pois cumprem o que a empresa exige de acordo com as políticas que estabeleceram.
Alguns trabalhadores não têm iniciativa própria e, nestes casos, ter autoridade para os supervisionar e orientar pode fazer com que trabalhem melhor, especialmente nos casos em que se gere muito dinheiro e os erros podem sair muito caros.
Pode ser adequado em situações de emergência
Um tipo autocrático de liderança pode ser apropriado em situações de emergência em que um problema deve ser resolvido de forma rápida e eficiente.
O líder ordena sem consulta e o cumprimento da ordem é pretendido dogmática e firmemente. Também pode ser adequado em situações em que uma decisão é necessária sob pressão ou alto estresse.
Simplificação do trabalho
Outra vantagem da liderança autocrática é que ela é simplificada, tudo passa por uma pessoa que controla todo o processo.
Além disso, os trabalhadores são supervisionados o tempo todo, o que reduz a probabilidade de cometerem erros ou fazerem o trabalho de maneira errada.
Desvantagens do líder autocrático
Descontentamento dos membros
Uma das desvantagens da liderança autoritária é que os membros da organização podem se sentir ressentidos, ignorados ou incomodados com o tratamento que recebem.
O mesmo estudo realizado por Kurt Lewin em relação ao estilo autocrático mostrou que os membros do grupo eram hostis. O senso de responsabilidade se evaporou, porque eles não são capazes de agir por iniciativa própria.
Por não se comunicar com os membros do grupo e apenas fazê-lo quando há um problema, pode ser muito frustrante para eles.
Falta ao trabalho ou rotatividade de pessoal
É possível encontrar altos níveis de absenteísmo, rotatividade de pessoal na empresa, já que os trabalhadores não se sentem confortáveis neste tipo de liderança.
Além disso, o clima deve ser administrado de maneira adequada, pois do contrário, os trabalhadores podem se cansar do autoritarismo da organização e sair, levando o conhecimento adquirido para outra empresa.
Falta de criatividade e inovação nos membros
Como a responsabilidade é baixa e também a capacidade de tomar decisões, nesse tipo de liderança o subordinado tem capacidade limitada de ser criativo e inovador.
Uma vez que não são eles que resolvem os problemas, também não implementam soluções criativas para os resolver.
Os funcionários e suas capacidades não são levados em consideração, pois não são explorados ou levados em consideração. A falta de comunicação também acaba prejudicando.
As decisões do líder inibem novas ideias, então ideias também não são ditas porque se sabe que não serão consideradas.
Estresse em subordinados
Por meio desse tipo de liderança, pode ser gerada uma importante fonte de estresse que acaba contribuindo para a deterioração da saúde física e mental dos integrantes do grupo e que acaba prejudicando também o ambiente de trabalho.
Eles não se sentem parte da organização
Os membros do grupo não se sentem membros da organização, portanto, seu senso de pertencimento é afetado.
As pessoas sentem que não são importantes para a organização e que seus trabalhos também não são importantes. Eles não se sentem valorizados porque o líder não os leva em consideração nas decisões que afetam a organização.
Impacto no clima organizacional
O líder autocrático mantém uma comunicação com seus subordinados que pode gerar problemas nos membros.
Os líderes autoritários costumam ser impulsivos, dizem aos subordinados o que pensam ou sentem e, muitas vezes, se sentem tratados de forma injusta, o que às vezes tem impacto em seu trabalho.
Isso acaba afetando também o clima da organização, fazendo com que os subordinados tenham medo de se dirigir ao líder.
Uma pessoa feliz acaba sendo mais produtiva, se sente confortável na empresa, com seus princípios, os valores que ela transmite e o líder que a dirige e, portanto, acaba beneficiando a organização.
Produtividade baixa
Às vezes, e relacionado ao exposto, quando as pessoas não se sentem confortáveis na organização e se sentem pressionadas, a produtividade pode acabar sendo menor.
A produtividade melhora quando há bons relacionamentos entre os membros, os líderes se preocupam com seus membros (tanto no trabalho como pessoalmente).
O sucesso ou o fracasso dependem da eficácia do líder
Como tudo acaba sendo dirigido pelo líder, o sucesso ou o fracasso depende dele.
Dessa forma, embora consigam terminar a tarefa rapidamente, outros estilos de liderança como o democrático, embora demorem mais para realizar as tarefas, o resultado final costuma ser de maior criatividade e originalidade, além de não necessitar do líder para finalizar a tarefa.
Alguns exemplos de líderes autocráticos
Alguns exemplos de líderes autocráticos famosos são encontrados em Margaret Thatcher ou Steve Jobs, por exemplo.
Eles são líderes que queriam ter tudo sob seu controle e onde todas as decisões eram tomadas por eles mesmos.
É importante que o líder saiba liderar a equipe em que se move, deve ser disciplinado e comprometido, mas também deve conhecer e levar em consideração os integrantes do grupo.
Você precisa saber quais são as suas visões e necessidades, pois levá-las em consideração também pode beneficiar toda a organização.
Referências
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- Chamorro, DJ (2005). Fatores determinantes do estilo de liderança do diretor. Universidade Complutense de Madrid.
- Cuadrado, B. (2009). O professor como líder do grupo. Inovação e experiências educacionais.
- González, O. E González, L. (2012). Estilos de liderança do professor universitário. Multiciences, 12 (1), 35-44.
- Semprún-Perich, R. e Fuenmayor-Romero, J. (2007). Um estilo de liderança educacional genuíno: fato ou ficção institucional? Laurus, 13 (23), 350-380.