- Os principais poetas equatorianos
- 1- Gonzalo Escudero
- 2- Karina Gálvez
- 3- José Joaquín de Olmedo
- 4- Jorge Carrera Andrade
- A geração decapitada
- 5- Ernesto Noboa e Caamaño
- 6- Humberto Fierro
- 7- Medardo Ángel Silva
- 8- Arturo Borja
- 9- Alfredo Gangotena
- 10- Lua Violeta
- Referências
Os mais renomados poetas equatorianos foram alguns dos escritores mais influentes do século XX, que encontraram no contraste dos problemas políticos e sociais com a beleza de seu país um bastião para escrever.
Esses escritores, cada um com sua própria mensagem a transmitir, vêm de origens diversas, que vão desde as elites até as classes pobres. Entre eles estão Gonzalo Escudero, Karina Gávez e José Joaquín de Olmedo.
Alguns dos poetas mais renomados datam do início do século 20 ou mesmo antes. Alguns deles foram reconhecidos como alguns dos mais importantes poetas latinos junto com Jorge Luis Borges, Pablo Neruda e Octavio Paz.
Hoje muitos dos autores do gênero ainda falam da beleza do Equador e das marcantes desigualdades observadas em muitos outros países latino-americanos.
Os principais poetas equatorianos
1- Gonzalo Escudero
Gonzalo Escudero, nascido em Quito em 28 de setembro de 1903 e falecido em Bruxelas em 10 de dezembro de 1971, foi um poeta e diplomata equatoriano.
Era filho do político Manuel Eduardo Escudero e Elina Moscoso Dalgo. Como curiosidade, aos 15 anos obteve o primeiro lugar no Concurso Nacional de Poesia com o poema Los poemas del Arte.
Pouco depois, ele recebeu seu doutorado em jurisprudência pela Universidade Central do Equador. Foi distinguido como professor de Direito Internacional na Universidade de Quito.
Além disso, foi Ministro da Educação, Secretário da Câmara e Ministro das Relações Exteriores. Ele também serviu como embaixador em várias nações da América do Sul entre 1956 e 1965.
Entre seus trabalhos mais destacados estão Introdução à Morte de 1930, Hélices del Huracán y del Sol de 1933, Itanoche de 1947, Estátua do Ar de 1951, Matéria de Anjo de 1953, Auto-retrato de 1957 e Requiem para a Luz de 1971.
Seu trabalho é definido como altamente avant-garde com uma marcada influência do modernismo. Possui ritmos e musicalidades característicos que o separam de outros poetas.
2- Karina Gálvez
Karina Gálvez, nascida em 7 de julho de 1964 em Guayaquil, é uma poetisa equatoriana-americana.
Ele residiu no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, de 1985 a 2012 e desde então viveu novamente no Equador. Ele estudou Economia na Universidade Católica de Santiago de Guayaquil e se formou em Turismo e Imóveis pela California Travel School. Ele também fala inglês, francês, italiano, alemão e português.
Seu primeiro livro Poesía y cantares foi publicado em 1995 e contém versões em espanhol e inglês de seus poemas.
Uma seleção de seus poemas foi incluída na antologia de Nueva Poesía y Narrativa Hispanoamericana del Siglo XXI publicada na Espanha. Outra de suas produções mais conhecidas é a poesia em prosa chamada Equador que Dói.
Seus poemas foram traduzidos para o inglês, romeno, búlgaro, tcheco e eslovaco. Cada um de seus escritos tem um tom romântico e fácil de ler.
Além disso, os temas comuns incluídos são amor e odes a Guayaquil e à Califórnia. Ele também escreveu vários poemas e escritos voltados para o público infantil, como La Estrellita del Sur e Havia uma vez um pato.
3- José Joaquín de Olmedo
José Joaquín de Olmedo y Maruri, nascido em Guayaquil em 20 de março de 1780 e falecido na mesma cidade em 19 de fevereiro de 1847, foi presidente do Equador e poeta.
Era filho do capitão espanhol Don Miguel de Olmedo y Troyano e da Guayaquileña Ana Francisca de Maruri y Salavarría.
Durante sua vida dedicou-se à criação de romances, sonatas, poemas, entre outros. O tema comum de suas produções era o patriotismo.
Entre suas obras mais reconhecidas estão Canto a Bolívar, Vencedor en Miñarica e Al General Flores. Ele também desenhou a bandeira e o escudo de Guayaquil e compôs a letra de seu hino. Em 1848, Obras Poeticas, uma coleção de suas obras, foi publicada.
4- Jorge Carrera Andrade
Jorge Carrera Andrade, nascido em Quito em 18 de setembro de 1903 e falecido na mesma cidade em 7 de novembro de 1978, foi poeta, historiador e diplomata equatoriano.
Ele estudou Filosofia e Letras na Espanha e depois estudou Relações Exteriores na França. Ele serviu como cônsul e embaixador em vários países da América, Ásia e Europa.
Sua carreira na literatura inclui trabalhos em uma variedade de gêneros, incluindo poesia, crítica, tradução e edição.
Em 1922 publicou Inefable Pond com temas alusivos à natureza. Outra de suas obras mais notáveis é The Garland of Silence de 1926, na qual mantém uma linha em que alude a temas mais terrestres e pequenos em comparação com outros mais transcendentais e políticos de outros autores da época.
A geração decapitada
A chamada “Geração Decapitada” foi formada por um grupo de jovens escritores equatorianos durante as primeiras duas décadas do século XX.
Estava formado por Ernesto Noboa e Caamaño, Humberto Fierro, Medardo Ángel Silva e Arturo Borja. Esses poetas foram agrupados sob esse nome porque todos morreram jovens devido a causas de suicídio ou razões que não puderam ser claramente estabelecidas.
O termo foi cunhado por jornalistas e historiadores que notaram semelhanças nos versos compostos por esses artistas.
5- Ernesto Noboa e Caamaño
Ernesto Noboa y Caamaño, nascido em Guayaquil em 2 de agosto de 1889 e falecido em Quito em 7 de dezembro de 1927, era um poeta equatoriano. Noboa y Caamaño veio de uma família rica da cidade de Guayaquil. Durante sua infância ele sofreu constantes neuroses que foram aplacadas com morfina.
Todo o seu trabalho foi reunido no livro Romanza de las horas, publicado em 1922. Emoción Vesperal é um de seus poemas mais reconhecidos e marca uma nova era na composição do gênero no Equador.
Antes de sua morte, um livro chamado The Shadow of the Wings estava em preparação, que nunca viu a luz. Sua poesia delicada e precisa mostra marcantes influências de Baudelaire, Samain e Verlaine.
6- Humberto Fierro
Humberto Fierro, nascido em Quito em 1890 e falecido na mesma cidade em 23 de agosto de 1929, era um poeta equatoriano. Fierro veio de uma família rica, filho de Enrique Fierro Rosero e Amalia Jarrín Zapata.
Em 1919, Fierro publicou seu primeiro livro intitulado El lute en el valle e seu segundo livro Velada palatina foi publicado até 1949, 20 anos após sua morte. Sua inspiração veio da leitura de autores como Baduelaire, Rimbaud, Verlaine e Hugo.
7- Medardo Ángel Silva
Medardo Ángel Silva, nascido em Guayaquil em 8 de junho de 1898 e falecido na mesma cidade em 10 de junho de 1919, era um poeta equatoriano.
Silva veio de uma família da classe trabalhadora. No entanto, durante a infância frequentou uma escola de prestígio e passou a trabalhar no jornal “El Telégrafo” da cidade.
Como os outros chamados membros da “Geração Decapitada”, Fierro foi amplamente influenciado pelo movimento modernista de Rubén Darío e pela poesia romântica francesa do século XIX.
Seus poemas têm em comum uma fantasia e ao mesmo tempo um fascínio pela morte. Ele usou alguns pseudônimos como "Jean d'Agreve" e "Oscar Rene" para sua obra literária, que seria publicada postumamente.
Suas únicas obras publicadas em vida foram a poesia de A Árvore do Bem e do Mal de 1918 e o romance María Jesús de 1919. Uma seleção feita por Gonzalo Zaldumbique e chamada Poesia Escolhida foi publicada em Paris em 1926.
Um de seus poemas mais conhecidos, A alma nos lábios, foi popularizado pela canção de Julio Jaramillo que usa seus versos
8- Arturo Borja
Arturo Borja Pérez, nascido em Quito em 1892 e falecido na mesma cidade em 13 de novembro de 1912, era um poeta equatoriano.
De nascimento nobre, Borja era descendente direto de Juan de Borja, III Duque de Gandía, neto do Papa Alexandre VI, e Enríquez de Luna, neta do Rei Fernando II de Aragão. Seu pai, Luis Felipe Borja Pérez, o mandou a Paris por problemas médicos no olho e foi lá que ele adquiriu o domínio do francês.
Suas inspirações diretas foram os versos de Verlaine, Mallarmé, Rimbaud, Samain e Baudelaire. Borja casou-se com Carmen Rosa Sánchez Destruge em 15 de outubro de 1912, menos de um mês antes de seu suicídio. Manteve amizade com Humberto Fierro e Ernesto Noboa Caamaño. Ele morreu de overdose de morfina.
Sua produção poética não foi extensa, mas cada obra foi de muito boa qualidade. Vinte poemas foram publicados enquanto ele estava vivo, juntos em um livro chamado The Onyx Flute, e outros seis poemas seriam publicados postumamente. Cada poema foi marcado por uma melancolia notável e um desejo de morte.
Seu poema, Para mim sua memória, foi transformado em salão popular pelo compositor Miguel Ángel Casares Viteri e interpretado por Carlorta Jaramillo.
9- Alfredo Gangotena
Mireille de Lassus / CC BY-SA (https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0)
Quiteño nasceu em 1904 e morreu em 1933, Gangotena era filho de uma família rica, com quem se mudou para a França na adolescência. Isso permitiu-lhe conviver com escritores ilustrados de Paris e latino-americanos que ali viviam, como Vicente Huibodro ou seu compatriota Jorge Carrera Andrade.
Seu trabalho está ligado à vanguarda, sendo esta bastante experimental e inovadora. Seus temas costumavam ser família ou morte, sendo uma poesia bastante sombria e difícil de entender se seu contexto pessoal não for compreendido.
Ressalta-se também o domínio do francês, que influenciou muito na forma de se expressar, ignorando totalmente os americanismos ou outros estilos nativos do Equador.
Suas obras poéticas incluem L'orage secret (1927), Origénie (1928) ou Nuit (1938), todas elas em francês, mas amplamente traduzidas por Gonzalo Escudero e Filoteo Samaniego.
10- Lua Violeta
Pingulla / CC BY-SA (https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0)
Nascida em 1943 em Guayaquil, é uma das poetisas contemporâneas mais importantes de sua geração. Também tem experiência como ensaísta e narradora, sendo doutora em Ciências da Educação.
O amor é o tema principal de seus escritos, embora ele também tenha manifestado certa sensibilidade e pessimismo quando seu foco foi direcionado para a vida e as dores do mundo. Para o exprimir, o paradoxo, a ironia ou o humor negro estiveram muito presentes no seu estilo literário.
Algumas de suas obras mais notáveis foram El ventanal del agua (1965), E com o sol me cubro (1967), Ontem ele me chamou de primavera (1973), Coração acrobata (1983) Memória da fumaça (1987) As portas de grama (1994) ou A vela oculta (2005).
Referências
- Universidade Técnica Privada de Loja. Biblioteca Básica de Autores Equatorianos. GONZALO ESCUDERO. 2 de dezembro de 2015. autoresecuatorianos.utpl.edu.ec.
- Biografias e vidas. Ernesto Noboa Caamaño. 2004. biografiasyvidas.com.
- -. Humberto Fierro. 2004. biografiasyvidas.com.
- -. Medardo Ángel Silva. 2004. biografiasyvidas.com/biografia/s/silva_medardo.htm.
- íHistória. Biografia de Arturo Borja. 24 de novembro de 2014. lhistoria.com/biografias/arturo-borja.
- Galvez, Karina. Site oficial. Biografia. 2017. karinagalvez.com.
- SearchBiographies.com. José Joaquín Olmedo. searchbiografias.com.
- Biografias e vidas. Jorge Carrera Andrade. 2004. biografiasyvidas.com.