As danças tradicionais do Equador são muito diversas, principalmente devido ao fato de que seus ritmos se misturaram ou se fundiram com ritmos estrangeiros como resultado do colonialismo e da mistura de raças.
A maioria dessas danças tem origem nas terras altas do Equador e, embora algumas tenham surgido em tempos pré-colombianos, a influência europeia em alguns casos e africana em outros é notável em sua evolução ao longo dos anos.
Nas danças tradicionais do Equador, o aspecto religioso se destaca, pois muitos desses ritmos têm vínculos com rituais ancestrais realizados em festas religiosas promovidas pela devoção.
Embora hoje muitos dos instrumentos usados para executar esses ritmos tenham origens estrangeiras, os nativos da região já tinham seus próprios antes da chegada dos europeus, como o pingullo, o rondador, a dulzaina, entre outros.
Aqui estão cinco danças tradicionais do Equador.
1- O Salão
De origem europeia (para ser mais preciso, da valsa austríaca), esse gênero musical teve seus primórdios no país vizinho, a Colômbia, durante a guerra pela independência dos Andes colombianos, depois se mudou para o Equador e depois se mudou para outros países do continente americano., como ser:
- Panamá
- Costa Rica
- O salvador
- Nicarágua
- Venezuela
- Peru
O nome «Hall» é um diminutivo da palavra «step», referindo-se aos passos curtos da rotina de dança, e tem três formas representativas de colocá-la em prática:
1- Corredor instrumental lento: fortemente relacionado com serenatas, o corredor instrumental lento costuma estar ligado à nostalgia, luto, memórias, amor, decepções e momentos de paz e descanso.
2- Sala de festas instrumental: com um ritmo muito mais animado, esta versão está ligada a todo o tipo de festas e eventos, como casamentos e touradas.
3- Salão Coreográfico: muito semelhante ao salão de festas instrumental utilizado para coreografias de grupo. Atualmente, esta representação do Salão está em desuso.
Os instrumentos musicais mais comuns nesta dança são o violão, o piano, a flauta, o violino, o pandeiro, a harpa, entre outros.
2- O Sanjuanito
Esta dança existe antes da chegada dos terços espanhóis ao continente americano e era executada pelos Incas durante os rituais de adoração a Inti (Deus do Sol).
O nome "Sanjuanito" tem influência espanhola devido à data de nascimento de San Juan Bautista (dia vinte e quatro de junho).
Sanjuanito tornou-se popular no século XX, e é um gênero festivo e alegre que é ouvido em todos os eventos festivos (urbanos e rurais) no Equador dançando em grupos de mãos dadas em círculos. Alguns Sanjuanitos muito populares são:
- Sanjuanito da minha terra
- esperança
- Pobre coração
- O grito da minha quena
Para interpretar o Sanjuanito, utilizam-se instrumentos nativos (bandolim, dulzaina, rondaror, pingullo, etc.) e estrangeiros (guitarra, bumbo, quena, zampoña, etc.) e a roupa de dança usual consiste em trajes vermelhos, alpargatas chapéus brancos, chapéus de várias cores e acessórios como colares.
3- O Albazo
O nome "Albazo" deriva das serenatas que se tocavam de madrugada para anunciar o início das festas populares e a sua origem remonta aos espanhóis quando tocavam música de madrugada em dias de peregrinação e festas religiosas.
O ritmo do Albazo é vivo e animado, tocado por bandas locais em sua totalidade, sendo os instrumentos mais utilizados o requinto (violão de quatro cordas) e o violão crioulo. Alguns dos tópicos mais populares são:
- Esta guitarra velha
- Passarinho
- Taita Salasaca
- Minha vida está indo
O albazo tem influências de outros países de língua espanhola do continente, como Argentina (o zamba), Chile (a cueca) e Peru (a marinera peruana).
4- Bomba Chota
Este ritmo musical tem suas origens no Valle del Chota, e seus criadores são os afrodescendentes da região.
A Bomba de Chota é um ritmo em movimento e dançada de forma erótica; os movimentos do quadril também complementam esse ritmo. Os instrumentos básicos utilizados são cordas (violão e requinto) e percussão (güiro).
Em particular, essa música não é muito popular em todo o país; é ouvida e dançada apenas nos festivais do Vale do Chota em seus festivais locais, e seu público é geralmente de origem indígena e mestiça.
Já no guarda-roupa, os homens usam camisa (mangas compridas) e calça preta. Já do lado feminino, elas se vestem com blusas pomposas, saias plissadas, anáguas, calças e garrafas na cabeça em algumas ocasiões.
5- A Capishca
Capishca é um ritmo comovente ouvido principalmente nas províncias de Azuay e Chimborazo (região interandina do Equador). O nome "Capishca" significa "espremer" e vem do quichua (verbo "capina").
Este ritmo é muito parecido com o do Sanjuanito. Durante esta dança, o dançarino deve testar sua condição física para deslumbrar seu parceiro com movimentos hábeis.
A roupa masculina é bem simples: camisa e calça com samarras. Já pelo lado feminino, elas usam duas saias (uma levantada e outra embaixo), usam diversos acessórios na cabeça, meias de náilon nas pernas e calçados de couro bovino.
Presente
Embora atualmente em algumas regiões ainda se discuta o espírito tradicional da história do país, o público adolescente tende mais a se identificar com outros tipos de gêneros musicais.
Gêneros musicais como reggae, rock and roll, pop, jazz, blues ou eletrônica, têm uma demanda importante mais do que tudo na juventude equatoriana, especialmente nos habitantes de áreas urbanas, priorizando este tipo de arte antes do tradicional.
Além disso, não se deve esquecer a cumbia colombiana, ritmo musical que atinge públicos de todas as idades e classes sociais no país.
Referências
- Coba Andrade, C. (1994). Danças e danças no Equador. Quito, Equador: Edições Abya-Yala.
- Carvalho. (1994). Antologia do folclore equatoriano. Quito: Associação equatoriana de executivos das empresas de turismo Abya-Yala.
- Rasines, P. (2001). Afrodescendentes no Equador: raça e gênero desde a época colonial. Quito, Equador: Edições Abya-Yala.
- Paz, H. (2000). Lendas e tradições do Equador. Quito, Equador: Edições Abya-Yala.
- Universidade de Cuenca. (novecentos e noventa e cinco). O festival religioso indígena no Equador. Quito: Projeto EBI Abya-Yala.