Lycopodium clavatum, mais conhecido como musgo, é uma espécie pertencente à família Lycopodiaceae, que está relacionada ao grupo das samambaias. Também é comumente conhecido como pé de lobo, musgo terrestre, enxofre vegetal e, em inglês, como musgo de corrida e musgo comum.
O pé de lobo é uma espécie de até 80 cm de altura, atraente e encontrada em florestas de coníferas. Essas plantas têm raízes verdadeiras, caules (rizomas e caules aéreos) e folhas semelhantes a escamas (microfilos).
Lycopodium clavatum. Fonte: Christian Fischer
-Espécie: Lycopodium clavatum L.
Esta espécie é sinônimo de Lepidotis clavata L. Também é dividida em subespécies: clavatum, contiguum e aristatum.
Ilustração de Lycopodium clavatum. Fonte: Carl Axel Magnus Lindman
Homeopatia
Lycopodium clavatum é usado extensivamente na medicina homeopática ou complementar para tratar doenças agudas como otite, anorexia infantil ou para condições crônicas como a doença de Alzheimer.
Os pacientes que requerem a preparação homeopática de Lycopodium têm problemas de fígado, digestão lenta, hipertensão, azia, enxaqueca e digestão pesada.
Em geral, o uso de medicamentos derivados ou preparados a partir dessa espécie requer validação científica, pois é necessário entender os efeitos produzidos para visualizar e evitar riscos potenciais nos pacientes.
Estudos in vivo demonstraram que a aplicação de L. clavatum antes da infecção pelo Trypanosoma cruzi em camundongos produziu efeitos benéficos como regulação da temperatura, manutenção do peso e estabilidade do apetite.
Outros efeitos importantes observados são a produção normal de excretas, a diminuição do sangue com a presença do parasita e um aumento geral da sobrevivência do animal.
Os esporos do Lycopodium clavatum são usados na homeopatia. Fonte: H. Zell
Posologia
O medicamento Lycopodium deve ser administrado individualmente de acordo com as instruções de um homeopata experiente.
A dosagem geralmente é definida de acordo com o nível dos sintomas, sejam agudos ou crônicos, e também levando em consideração a potência do remédio.
No caso de pacientes adultos e adolescentes entre 12 e 17 anos, geralmente é recomendado tomar 5 glóbulos a cada meia hora ou uma hora, no máximo seis vezes ao dia para sintomas agudos. Para condições crônicas, é tomado de uma a três vezes ao dia.
No caso de crianças de 6 a 11 anos, recomenda-se tomar 3 glóbulos no máximo seis vezes ao dia para condições agudas, e para condições crônicas, tomar a mesma quantidade, mas no máximo três vezes ao dia.
Da mesma forma, para crianças entre 2 e 5 anos é recomendado para ambas as condições tomar apenas 2 glóbulos, no máximo 6 vezes ao dia para condições agudas e no máximo três vezes ao dia para condições crônicas. No caso de crianças com menos de 2 anos de idade, a sua ingestão não pode ser recomendada por não haver dados disponíveis.
Efeitos secundários
Apesar de esse musgo ser uma das espécies mais utilizadas em homeopatia, observou-se que ele produz sintomas que podem resultar na patogênese, fato que não ocorre com outros medicamentos. Às vezes, pode produzir uma reação alérgica em pessoas que não toleram o composto químico Lycopodium clavatum.
Um efeito colateral do remédio dessa espécie é que ele produz muita flatulência. Além disso, a pessoa tratada com musgo se sacia facilmente, então seu consumo de comida é menor.
Além disso, a preparação deste medicamento contém sacarose. Portanto, pessoas com intolerância à frutose ou com má absorção de açúcares como glicose ou galactose não devem ingerir este remédio.
Referências
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