- Definição de psicologia experimental
- História
- Método experimental
- Experimentos
- Características da pesquisa experimental
- Fases de um experimento
- Declaração de um problema
- Formulação de hipótese
- Realização de um projeto adequado
- Coleta e análise de dados
- Conclusões
- Objetivo e condições do método experimental
- Referências
A psicologia experimental é uma escola de psicologia que estuda fenômenos psicológicos usando metodologia experimental baseada na observação. Garante uma prática científica e implica a observação, manipulação e registro das variáveis que afetam um assunto em estudo.
Psicólogos experimentais estão interessados em estudar o comportamento humano por meio da manipulação de variáveis em situações controláveis e em ambientes não naturais que afetam e influenciam o comportamento.

Gustav Theodor Fechner foi um dos pioneiros no uso do experimental ao tentar comprovar a relação entre magnitudes físicas e sensoriais em 1860. Porém, foi em 1879 que Wilhelm Wundt, considerado um dos fundadores dessa tendência, criou o primeiro laboratório de psicologia experimental.
Definição de psicologia experimental
Essa corrente da psicologia defende o método experimental como o meio mais adequado para estudar o comportamento humano.
A psicologia experimental considera que os fenômenos psicológicos podem ser analisados por métodos experimentais que consistem na observação, manipulação e registro de variáveis dependentes, independentes e estranhas que influenciam o objeto de estudo.
Muitos psicólogos têm utilizado esse método na realização de seus trabalhos para abordar vários temas como memória, aprendizagem, sensação, percepção, motivação e processos de desenvolvimento, entre outros.
Os profissionais que adotam esse método desejam conhecer o comportamento de um sujeito manipulando variáveis em ambientes controlados. Os contextos em que são realizados são laboratórios e são utilizados instrumentos que garantem controle exaustivo e precisão em suas investigações.
Os experimentos podem ser realizados em humanos, mas principalmente em animais, já que muitas vezes por razões éticas as pessoas não podem ser utilizadas para realizar esses testes. Além disso, os animais proporcionam maior disponibilidade e controle aos pesquisadores.
A parte mais científica da psicologia se une à psicologia experimental, pois o uso de sua metodologia garante uma prática científica por meio da observação e da experimentação, retirando as leis do comportamento e dos processos mentais.
História
Com seu surgimento no século XIX, a psicologia passou a se concentrar e se interessar pelo estudo dos fenômenos observáveis, dando origem a uma ciência empírica, ou seja, baseada na observação e na vivência dos eventos.
Mais tarde, a psicologia experimental usaria métodos e instrumentos rigorosos para realizar as medições em suas investigações.
A psicologia experimental surgiu na Alemanha como uma disciplina moderna com Wilhelm Wundt, que criou o primeiro laboratório experimental em 1879 e introduziu uma abordagem matemática e experimental à pesquisa.

Wilhelm Wundt
No início de 1860, Gustav Theodor Fechner, um psicólogo alemão, tentou provar e raciocinar a ligação entre as magnitudes físicas e sensoriais por meio de dados experimentais em sua obra Elements of psychophysics.
Outros autores que contribuíram para essa ciência crescente foram Charles Bell, um fisiologista britânico que investigou os nervos; Ernst Heinrich Weber, um médico alemão considerado um de seus fundadores; e Oswald Külpe, principal fundador da Escola de Würzburg na Alemanha, entre outros.
O surgimento de escolas diferentes deveu-se a essa tendência à experimentação da época, cujo propósito era tentar observar o grau de relação entre o biológico e o psicológico.
Entre essas escolas está a russa, que se interessava por neurofisiologia e foi fundada por Ivan Pavlov e Bechterev. Também funcionalismo, que visa demonstrar as leis biológicas que definem o comportamento e o behaviorismo de Watson.

Ivan Pavlov
No século XX, o behaviorismo era a escola predominante na psicologia em geral e especialmente nos Estados Unidos. É o ramo da psicologia que coloca os fenômenos mentais de lado na psicologia experimental.
Por outro lado, na Europa não foi assim, uma vez que a psicologia foi influenciada por autores como Craik, Hick e Broadbent, que se concentraram em temas como atenção, pensamento e memória, lançando assim as bases da psicologia cognitiva.
No último meio século, os psicólogos utilizaram métodos múltiplos, não apenas focados e limitados a uma abordagem estritamente experimental.
Além disso, o método experimental é usado em muitos campos diferentes da psicologia, como a psicologia social e a psicologia do desenvolvimento.
Método experimental

Exemplo de um experimento de laboratório
A psicologia experimental considera que os fenômenos psicológicos podem ser estudados por meio da experimentação. Envolve a observação, manipulação e registro das variáveis dependentes, independentes e estranhas que são objeto de estudo, a fim de descrevê-las e explicá-las a partir de sua relação com o comportamento humano.
Este método visa identificar as causas e avaliar as consequências, o pesquisador tenta encontrar uma causalidade entre as diferentes variáveis.
Por um lado, existe a variável do meio, que atuaria como uma variável independente. O dependente seria aquele que está relacionado ao comportamento do sujeito. Finalmente, todos os fatores externos que influenciam isso seriam variáveis estranhas.
Experimentos
O experimento é realizado em um ambiente controlado como um laboratório, onde o experimentador pode manipular variáveis e controlar aquelas que podem afetar as outras. Além disso, você pode formar grupos experimentais específicos de assuntos de acordo com seus interesses de estudo.
O pesquisador é quem cria as condições necessárias para poder realizar o estudo e aplicar a variável independente quando achar conveniente. Além disso, com este método, as condições podem ser repetidas para verificar os resultados, bem como alterá-las para ver as diferenças no comportamento a estudar entre as diferentes situações.
Nessa abordagem, o experimentador manipula as circunstâncias para controlar seu aumento ou diminuição, bem como seu efeito sobre os comportamentos observados, a fim de descrever por que uma situação ou mudança ocorre.
Muitas vezes, antes de conduzir uma investigação, são usados experimentos-piloto, que são tentativas do experimento para estudar alguns aspectos dele. Além disso, os experimentos têm outro aspecto positivo, pois quando realizados nesses contextos controlados podem ser replicados por outros pesquisadores em situações futuras.
Características da pesquisa experimental
Algumas das características da pesquisa experimental são as seguintes:
-Os sujeitos são dispostos aleatoriamente formando grupos equivalentes, dando origem a uma equivalência estatística para que as diferenças entre os resultados não sejam devidas a diferenças iniciais entre os grupos de sujeitos.
-Existência de dois ou mais grupos ou condições para poder efetuar a comparação entre eles. Os experimentos não podem ser realizados com um único grupo ou condição a ser comparada.
-Gestão de uma variável independente, na forma de diferentes valores ou circunstâncias. Esta manipulação direta é realizada para poder observar as mudanças que produz nas variáveis dependentes. Além disso, a atribuição de valores e condições deve ser feita pelo pesquisador, pois se assim não fosse, não seria considerado um experimento real.
-Medir cada variável dependente atribuindo valores numéricos para que o resultado possa ser avaliado e assim falar de uma investigação experimental.
-Ter um projeto com o qual a influência de variáveis estrangeiras possa ser controlada ao máximo e para evitar que os resultados sejam afetados por elas.
-Use a estatística inferencial para poder fazer generalizações da pesquisa à população.
Fases de um experimento

Experimento Asch
Declaração de um problema
A escolha do problema a ser investigado depende do experimentador e do que ele deseja estudar, as questões da pesquisa devem poder ser resolvidas através de um processo experimental.
Dependendo do problema que surgir, será definida a abordagem metodológica a ser seguida.
Formulação de hipótese
As hipóteses são as afirmações que se formulam e que antecipam os resultados que poderiam ser obtidos com a investigação, relacionam pelo menos duas variáveis e devem ser descritas em termos empíricos, podendo ser observadas e mensuráveis.
Realização de um projeto adequado
Com o desenho, reflete-se o procedimento ou plano de trabalho do investigador, indicando o que vai ser feito e como vai ser feito o estudo, desde as variáveis envolvidas até à atribuição dos sujeitos aos grupos.
Coleta e análise de dados
Para a coleta de dados existem múltiplos instrumentos válidos e confiáveis, e técnicas que se adaptam melhor ou pior e que apresentam vantagens e desvantagens.
A análise dos dados é realizada organizando as informações de forma que possam ser descritas, analisadas e explicadas.
Conclusões
Nas conclusões desenvolve-se o cumprimento ou não das hipóteses, as limitações do trabalho de investigação, a metodologia seguida, as implicações para a prática, a generalização ao nível da população, bem como as futuras linhas de investigação.
Objetivo e condições do método experimental
O objetivo do método experimental em psicologia experimental é investigar as relações causais entre as variáveis, ou seja, analisar as mudanças ocorridas na variável dependente (comportamento) em decorrência dos diferentes valores apresentados pela variável independente (fator externo).
As condições para que seja possível concluir que existe relação entre as variáveis são:
- A contingência temporal entre variáveis. A variável de causa, que seria a independente, tem que preceder a variável de consequência, que seria a dependente.
- Covariação entre variáveis. Para que houvesse relação entre os dois, uma mudança nos valores de um deles implicaria uma mudança proporcional nos valores do segundo.
- A correlação entre as variáveis não deve ser atribuída ao efeito de variáveis estranhas.
Em suma, o pesquisador deve manipular a variável independente, estabelecer uma ordem temporal entre as variáveis e deve eliminar o efeito que se exerce em consequência de variáveis estranhas.
Referências
- Psicologia experimental. Recuperado de ecured.cu.
- Psicologia experimental. Recuperado de wikipedia.org.
- Psicologia experimental. Recuperado de wikipedia.org.
- Definição de psicologia experimental. Recuperado de definicion.de.
- Definição, características e objetivo do método experimental. Recuperado de psikipedia.com.
