- Bens econômicos e economia
- Os 8 principais tipos de bens econômicos
- 1- Bens móveis
- 2- Imobiliário
- 3- Bens de consumo
- 4- Bens complementares
- 5- Bens substitutos
- 6- Bens de capital
- 7- Bens privados
- 8- Bens públicos
- Referências
Bens econômicos são aqueles objetos e serviços que são úteis para aqueles que os possuem ou têm acesso. O caráter econômico é dado pelo valor monetário que possuem e sua existência é limitada ou escassa.
Os bens podem ser tangíveis e intangíveis, e seu valor econômico final é o resultado de uma série de variáveis anteriores que incluem o custo de produção e materialização daquele bem.
A análise e concepção deste tipo de bens em termos monetários também se dá pela finalidade dos seus usos e pela concepção de valor que possui a sociedade que os consome.
Todos os objetos e serviços que são oferecidos e demandados em um contexto de mercado são considerados bens, cujos valores também respondem a fatores externos e com efeitos flutuantes.
Existem diferentes abordagens para a classificação dos bens, algumas das formas mais eficazes são de acordo com seu potencial utilitário e econômico ou de mercado, de acordo com sua forma de consumo e sua relação com outros bens, entre outros.
Bens econômicos e economia
A economia pode ser considerada como a administração e troca de recursos necessários mas escassos em todo o mundo, que devem ser submetidos a uma valorização monetária que limita o seu acesso.
A partir desse conceito, pode-se dizer que bens econômicos são todos aqueles elementos que se transferem dentro da grande máquina econômica mundial.
Todos aqueles que possuem qualidades contrárias às chamadas mercadorias gratuitas são considerados bens econômicos.
Bens livres são recursos de quantidade e acesso ilimitados, que também podem ser considerados necessários para o homem, mas que não estão sujeitos a uma restrição social ou institucional para seu acesso e consumo.
Os tempos econômicos atuais levaram várias nações a aplicar regulamentos sobre alguns tipos de bens econômicos.
Embora a regulação de preços na economia possa parecer uma solução para certos problemas, ela apenas perverte o mercado, limitando ainda mais o acesso a certos bens e criando canais de aquisição paralelos.
A limitação do acesso aos bens econômicos pode responder principalmente às deficiências estruturais e funcionais do aparelho produtivo e econômico de uma nação.
Na economia, as medidas responsáveis pela resolução de estados de crise nem sempre beneficiarão o cidadão comum no curto prazo. Isso também se aplica quando se fala em ativos econômicos.
A valorização de certos tipos de bens econômicos materiais foi transmutada nos atuais mercados globais para o caráter inovador e reinventador que tal bem pode possuir, ao invés de sua funcionalidade.
A aceleração da economia global tem gerado uma produção excessiva de bens, consequência da geração de comportamentos de consumismo que anulam ou encurtam todo o potencial de consumo que um bem pode oferecer.
Os 8 principais tipos de bens econômicos
Todo bem econômico pode ser classificado por suas características físicas, suas qualidades de uso e consumo, bem como seu impacto e influência no mercado em que se apresenta como mercadoria.
1- Bens móveis
Propriedade móvel é qualquer objeto tangível e físico que possa ser comercializado, sem limitações de espaço ou tempo.
Esses tipos de objetos recebem um valor econômico antecipadamente, e a partir daí é modificado pelas condições, embora esse valor nunca desapareça completamente.
Toda propriedade móvel tem valor de mercado, e sua forma física pode ser comercializada em qualquer latitude do planeta, limitada apenas pelas normas legais do território em que está inserida.
2- Imobiliário
São aqueles bens que, pelas suas qualidades originais, apresentam uma impossibilidade de transferência e comercialização fora do ambiente em que foram concebidos.
Casas, prédios e apartamentos são considerados os imóveis mais procurados, pois atendem à demanda do local onde foram construídos.
Os imóveis não podem ser exportados, dadas as suas condições. Os serviços necessários à manutenção do funcionamento de uma propriedade também são considerados bens não comercializáveis.
A principal diferença com os bens móveis é a limitação representada pela transferência e sua comercialização em outros espaços.
3- Bens de consumo
Bens de consumo são todos aqueles destinados a satisfazer uma necessidade específica, quase sempre imediatamente. Eles geralmente são classificados de acordo com sua função específica.
Outra forma de classificar os bens de consumo é de acordo com a durabilidade quando usados ou consumidos.
O alimento é o maior exemplo de bem de consumo não durável: atende a uma necessidade específica, mas sua existência e abundância se reduzem com o consumo, a ponto de levar o consumidor a adquirir mais pagando seu custo econômico..
As roupas, por outro lado, podem ser consideradas um bem de consumo durável; seu uso é garantido porque atende uma necessidade, mas seu limite de uso é incalculável por estar sujeito a múltiplas variáveis.
Existe uma terceira categoria de durabilidade para bens de consumo, e isso se aplica aos bens ou objetos ditos perecíveis, que podem expirar e se tornar inutilizáveis, independentemente de terem sido usados pela primeira vez ou não.
4- Bens complementares
Geralmente são bens materiais que requerem uso conjunto para garantir a satisfação de uma necessidade específica.
Geralmente são bens cujo funcionamento e finalidade são condicionados pela presença de outro bem. Por exemplo, o uso de um dispositivo eletrônico requer acesso à eletricidade, assim como um carro precisa de gasolina para funcionar.
Grande parte desses bens encontram seu complemento em outros que hoje são considerados básicos para o sustento das sociedades, como água, luz, gás, entre outros.
Outros ativos, no entanto, devem ser adquiridos separadamente para serem usados em conjunto.
5- Bens substitutos
São todos aqueles bens que representam uma substituição ou substituição por outro bem que pode ter qualidades semelhantes, mas cujo preço no mercado torna muito mais difícil de adquirir.
O nome de bem substituto surge da valorização do consumidor. Quando não consegue adquirir determinado bem, deve recorrer a outras opções que o mercado lhe ofereça e que possam satisfazer a sua necessidade.
Essa necessidade pode ser satisfeita com uma eficácia diferente, mas está muito mais próxima do poder de compra do consumidor que a adquire.
6- Bens de capital
Eles são os bens materiais e móveis necessários para influenciar a produção de outros bens, nos campos comercial e industrial.
Eles também são conhecidos como bens de produção. Não é a matéria-prima para a produção de outros bens, mas sim elementos necessários cuja ausência dificultaria a materialização de mais bens.
A título de exemplo, pode funcionar o caso de um jornal: seus bens de capital ou de produção são todos os equipamentos que o jornal possui como mercadoria e que são necessários à fabricação de seu produto material, também considerado um bem de consumo.
Existe uma categoria intermediária denominada bens intermediários, que se refere aos bens materiais que compõem a estrutura dos bens de capital.
7- Bens privados
É uma das formas mais comuns de manifestação e categorização de um bem. Bens privados são aqueles que pertencem a um determinado indivíduo por regulamentos e estatutos legais.
A troca ou comercialização de um bem privado não requer apenas o consentimento do proprietário, mas também a vontade de deixar de sê-lo.
Um bem privado pertence a um único indivíduo ou a um determinado grupo de indivíduos previamente estabelecidos. Seu caráter de uso é considerado socialmente exclusivo e limitado.
Da existência de bens privados nascem as concepções e aplicações práticas e jurídicas dos direitos de propriedade e da propriedade privada.
8- Bens públicos
São todos aqueles objetos e serviços, materiais ou imateriais, que têm uma qualidade de acesso disponível a todos os indivíduos. Por não terem exclusividade, o uso e consumo desses bens não prejudica terceiros.
Esses bens são geralmente considerados inclusivos e de uso gratuito. Seu financiamento e materialização, bem como sua posterior manutenção, costumam estar vinculados a uma hierarquia superior e órgão de poder dentro de uma sociedade.
Este órgão tem a capacidade de fornecer aos seus cidadãos serviços acessíveis, não se limitando ao poder de compra ou ao dinheiro dos indivíduos.
Como categorias intermediárias entre bens privados e públicos, também são considerados os chamados bens de repartição ou bens de empresas públicas, que cumprem uma função exclusiva em um contexto condicionado.
Destacam-se também os bens comuns, cuja acessibilidade não é estritamente limitada, mas também não apresenta um quadro de controle sobre suas capacidades de acesso e uso.
Referências
- ABC Color. (20 de abril de 2007). Ciências Sociais e suas tecnologias - Bens econômicos. Obtido da ABC: abc.com.py
- Groot, RS, Wilson, MA e Boumans, RM (2002). Uma tipologia para a classificação, descrição e avaliação das funções, bens e serviços do ecossistema. Economia Ecológica, 393-408.
- Hill, TP (1977). Sobre bens e serviços. The Review of Income and Wealth, 315-338.
- Laczniak, G., Lusch, R., & Strang, W. (1981). Marketing Ético: Percepções de Bens Econômicos e Problemas Sociais. Journal of Macromarketing.