- Dados biográficos
- Contribuições mais valiosas
- 1- Pensar é igual à natureza humana
- 2- Conceptualização do pensamento crítico
- Referências
Richard W. Paul foi um filósofo que promoveu o desenvolvimento de um modelo que permite o desenvolvimento sistemático de habilidades de pensamento crítico. Ele foi o criador da The Critical Thinking Community Foundation.
Paul trabalhou desde o início dos anos 1980 para promover o conceito de pensamento crítico.
Ao longo de sua carreira profissional, escreveu oito livros e mais de 200 artigos sobre pensamento crítico.
Uma de suas obras mais importantes foi publicada em 1992 e foi chamada de pensamento crítico: o que cada pessoa precisa para sobreviver em um mundo em rápida mudança.
Richard Paul faleceu em 30 de agosto de 2015, após sofrer da doença de Parkinson por vários anos.
Dados biográficos
Richard Paul foi um visionário e pioneiro. Ele entendeu o ambiente educacional como um espaço adequado para a troca entre professores e alunos.
Para ele, esse espaço deve resultar em um diálogo aberto e livre entre pontos de vista opostos, para desenvolver um verdadeiro exercício de pensamento crítico.
Ele nasceu em Chicago em 2 de janeiro de 1937. Ele recebeu um bacharelado pela Northern Illinois University e um mestrado em inglês pela Santa Barbara University.
Ele obteve seu Ph.D. em filosofia pela Universidade de Santa Bárbara em 1968. Ele foi professor na Sonoma State University por quase trinta anos e convocou em 1981 a Primeira Conferência Global para o Pensamento Crítico.
Ao longo dos anos, esta conferência ganhou reconhecimento mundial de autoridades acadêmicas.
Ele participou de cada uma dessas conferências até 2014, ano em que a doença impediu sua apresentação.
A obra do filósofo revela a influência de grandes pensadores como Sócrates, Freud, Wittgenstein, John Henry Newman, Jean Piaget, William Graham Sumner e Karl Marx.
Paulo observou que os seres humanos estão presos em cenários estruturados por realidades econômicas sobre as quais não têm influência e nos quais a sobrevivência pode ser difícil.
Segundo Paul, para sobreviver o ser humano precisa desenvolver suas próprias capacidades críticas.
Contribuições mais valiosas
Paulo estabeleceu as condições para uma teoria adequada do pensamento crítico, combinando e sintetizando uma série de verdades óbvias sobre esse modo de pensar.
1- Pensar é igual à natureza humana
A natureza humana é pensar; isto é, o pensamento permeia todos os aspectos da vida humana e todas as dimensões da mente humana.
O ser humano nem sempre pensa bem, pois a natureza humana é influenciada por frustrações, preconceitos, ignorâncias, mitos e ilusões.
Por isso, para o filósofo, é sempre necessário trabalhar para aprimorar o pensamento crítico. O ser humano deve ser capaz de analisar e avaliar seu próprio pensamento e aprimorá-lo quase que necessário.
O pensamento crítico sempre leva em consideração os direitos dos outros. Se o pensamento humano não está em sintonia com a justiça e com a consideração de outros pontos de vista, não é realmente um pensamento crítico.
2- Conceptualização do pensamento crítico
Ele conceituou o raciocínio como um conjunto de oito elementos distintos de pensamento: propósitos, questões, informações, inferências, suposições, pontos de vista, implicações e conceitos.
Quando as pessoas raciocinam, elas o fazem com um propósito: responder a uma pergunta. As respostas fornecem informações que permitem fazer inferências e tirar conclusões e suposições.
Para Paulo, as virtudes intelectuais são a peça central da pessoa crítica e de uma concepção razoável do pensamento crítico.
Segundo esse filósofo, quem desenvolve o caráter intelectual o faz por meio de um profundo compromisso com os ideais e princípios do pensamento crítico, perseguidos com paixão ao longo da vida.
Referências
- The Critical Thinking Community, “Remembering Richard Paul“ “, 2015. Obtido em 11 de dezembro de 2017 em criticalthinking.org
- Greg Hart. "A passagem de um gigante do pensamento crítico: Richar Paul", 2016. Obtido em 11 de dezembro de 2017 em skeptic.com